"Poderia um objetivo e desejo muito grandes de uma pessoa em vida mantê-la presa ao nosso mundo, mesmo após sua partida para o Além?"
Segundo o relato a seguir, isso realmente pode acontecer!
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Oi, me Chamo Elizandra, e o relato que vou contar agora escuto a muito tempo do meu pai.
É mais uma daquelas histórias que aconteceram antigamente e que jamais serão esquecidas.
Meu pai e sua família moravam em Engenho Velho - Santa Catarina [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 27°14'2.53"S, 52°12'10.31"W], nas margens do rio Uruguai, que divide Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
Na época em que meu pai era menino, o meu avô costumava deixá-los em casa à tardezinha e saía para pescar.
Conta o meu pai, que em uma sexta-feira a noite, quase as 23:00' horas, meu avô chegou em casa aos berros e muito pálido.
Meu pai ainda estava acordado, pois sempre esperava meu avô chegar para ajudar a guardar os peixes, mas naquela noite meu avô não trouxe um peixe sequer.
Ele entrou em casa, sentou e começou a falar para meu pai e seus 8 irmãos o que havia acontecido, que foi o seguinte:
- Peguei meu caico (barco) e fui paro o rio, desci o barranco, coloquei meu caico na água e deixei a correnteza fraca me levar até a metade do rio. Fiquei ali parado muito tempo e nada de peixe, começou a escurecer.
Senti então uma batida na parte de baixo do caico, mas não dei importância porque nesse rio tem muitos galhos presos e soltos em baixo da água.
Mas as batidas aumentaram. Tentei olhar na água, mas no escuro muito pouco enxerguei.
Fiquei sentado, quieto, e foi quando algo então subiu no meu caico.
Era uma moça, uma mulher, estava toda molhada, mas se mantinha bonita, vestida de noiva.
Ela subiu sentou e disse: "não se assuste, apenas quero atravessar o rio"......
Não sei de onde tirei forças para remar, mas permaneci em silêncio até chegar no outro lado do rio.
Quando estávamos quase na beira do rio, ela desapareceu do caico. Não foi sonho, eu juro.
Conta meu pai ainda, que meu avô voltou para casa aquela noite apavorado, e nunca mais ele ficou no rio depois das 7 da noite, sendo que o povo de lá tem uma boa explicação para o que aconteceu.
Dizem os vizinhos, que em 1953 uma moça da família vizinha a do meu pai se casou com um rapaz que morava no lado do rio.
No Rio Grande do Sul, para se visitarem, um dos dois precisava atravessar.
No dia do casamento deles, a moça e seu pai viraram o caico na água, sendo que o corpo pai foi achado e retirado da água, mas o corpo da moça jamais saiu dela.
Dizem ainda que ela não oferece mal algum, apenas deseja sair da água para poder se casar.
Eu não acredito, mas também não duvido.
Já estive lá no rio a noite, e realmente tem horas que a sensação de não se estar sozinho é muito.
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Elizandra - Blumenau - SC - Brasil
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